Nas recentes eleições, o multirracial e cosmopolita Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos da América.
Ainda bastante jovem, com 47 anos de idade, ele torna-se o primeiro "negro" a chegar ao poder no país, ao derrotar o rival republicano John McCain.
A vitória de Obama representa o desejo de mudança dos cidadãos estadunidenses, cansados dos oito anos de equívocos do governo republicano de George W. Bush. Obama explorou muito o tema da necessidade de mudanças e teve como principal cabo eleitoral, ironicamente, o atual presidente da república.
Bush, totalmente despreparado e sem nenhuma visão global, mergulhou seu país na maior crise econômica e financeira da história recente. Isto para não mencionar a paranóia da "guerra antiterrorismo", encabeçada por ele e seguida sem nenhum bom senso pela União Européia, cheia de erros de estratégia e despreparo das ações militares, que trouxeram às claras sérias violações aos direitos humanos e as hilárias gafes cometidas por ele durante suas viagens internacionais, que jamais serão esquecidas e que renderam boas charges e risadas de escárnio mundo afora.
Bush representa o conservadorismo e o atraso das mentes evangélicas e deixa o cargo desgastado por duas guerras ainda não concluídas, mas que afetam diretamente a vida dos cidadãos comuns.
A vitória de Obama representa não só o repúdio aos muitos erros políticos de seu antecessor, mas principalmente a consolidação da democracia e sopra novos ares para um país que ficou muito mal visto em todo o planeta. Traz esperança não somente aos norte-americanos mas aos habitantes de todos os países e continentes. Obama tem posicionamentos e idéias mais liberais com relação a muitos temas que foram tabus durante o governo Bush, tais como a pesquisa e uso de células-tronco, a união civil de pessoas do mesmo sexo, o direito ao aborto e a legalização dos imigrantes ilegais.
Bush, com suas idéias e ações retrógradas, já vai tarde e não deixará saudade.
E o mundo se alegra e dá boas vindas à Obama.
