domingo, novembro 01, 2009

Estudante hostilizada na UNIBAN por causa da roupa

O fato: em 22 de outubro de 2009, a estudante Geisy Vila Nova Arruda, do curso de turismo da UNIBAN, de São Bernardo do Campo, teve que sair escoltada da instituição após sofrer agressões verbais por parte dos colegas, devido ao comprimento de seu vestido. Diversas filmagens realizadas por alunos foram divulgadas na internet.
As cenas viraram polêmica na internet e na mídia brasileira, pois retratam toda a confusão no campus. Jovens xingavam a acadêmica por causa de seu vestido curto. A Polícia Militar teve de ser acionada para conter a multidão e escoltar a estudante, que saiu do prédio usando um jaleco.


Os estudantes que insultaram a aluna devem ser identificados e punidos, afirma o presidente da comissão de direitos humanos da OAB-SP, Mário de Oliveira Filho. "A universidade tem que instaurar um processo administrativo, identificar os agressores e puní-los; pode ser até o caso de expulsão."

Oliveira Filho diz que a estudante tem direito a mover uma ação penal e uma ação indenizatória, pois sofreu violência moral, crime contra a honra e constrangimento ilegal.

"Em casos como este, é importante identificar os agressores e pedir instauração de inquérito policial para que os responsáveis pelas ameaças sejam punidos", diz. Além da punição, a universitária pode entrar com uma ação pedindo indenização por danos morais.

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É assustador perceber a agressividade e a hostilidade dos outros estudantes contra a moça, supondo-se que quem ingressa em uma faculdade seja uma pessoa de nível cultural superior a média populacional. É animalesco, brutal. É uma intolerância cega, que retrata bem como os jovens brasileiros são preconceituosos, machistas e hipócritas! Um horror bestial, barbarismo total!
Outro ponto que me escandaliza é que o fato aconteceu justamente em São Paulo, onde as pessoas em geral tem uma mentalidade mais aberta e cosmopolita do que no restante do país.
Creio ser complicado punir os culpados, pois ao meu ver foi uma histeria coletiva, onde quase todos deram sua cota de selvageria.
Este episódio tão lastimável serve para retratar que há algo de muito errado na criação e formação de cidadãos, dentro de seus lares e nas escolas. Como consequência restam estes tipos de agressividade social. Enquanto as pessoas não aprenderem a respeitar umas as outras e conviverem pacificamente com as diferenças (sejam elas comportamentais, sexuais, religiosas, raciais, etc...) seremos obrigados a assistir a estes tristes momentos que me fazem perder um pouco as esperanças na tal "dourada juventude brasileira".