segunda-feira, janeiro 25, 2010

Ingá - Paraíba




Ingá, cidade do semi-árido paraibano, encontra-se a aproximadamente 96 km da capital João Pessoa, e é uma micro cidade, com população extremamente simpática e cordial.

O grande motivo para uma visita ao município é provavelmente uma visita às itacoatiaras, inscrições rupestres feitas em um grande bloco de pedra.

Sua origem e significado ainda são um mistério: o mais lógico é que tenha sido feito por indígenas, antes da chegada dos europeus. Há quem defenda que tenha sido feito até mesmo por extra-terrestres.

A Pedra do Ingá é um dos monumentos arqueológicos mais interessantes e intrigantes do mundo. Foi tombado pelo IPHAN, mas lastimavelmente encontra-se em total abandono.

Quando da minha visita, o museu, na entrada da pedra, estava fechado. Foi necessário passar por uma trilha em meio ao mato e atravessar uma abertura na cerca para chegar a pedra. Crianças brincavam tranquilamente no riacho que passa ao lado da pedra e que chega a cobrí-la durante o período das chuvas. Havia um rapaz, morador dos arredores, que servia de guia mas não sabia dar nenhuma informação sobre a história da pedra. Entristeceu-me profundamente o abandono e o descaso das autoridades competentes.

A cidade também não tem nenhuma infra-estrutura para receber visitantes: passei uma noite em uma pousada, que é também pizzaria, restaurante, padaria... Péssimo atendimento, pencas de mosquitos, um drama. O melhor é visitar a pedra durante o dia e pernoitar em Campina Grande.

sábado, janeiro 23, 2010

Sousa - Paraíba



Sousa é uma cidade localizada em pleno sertão paraibano e dista cerca de 430 km da capital, João Pessoa. Aos que pretendem visitar a cidade, como eu fiz, preparem-se para suportar muito calor.

O que me levou a conhecer o município foram as famosas pegadas de dinossauros, que encontram-se espalhadas por aquela região e que são, sem sombra de dúvidas, o maior atrativo turístico da região.

O Parque dos Dinossauros é, na verdade, um grande sitio arqueológico, onde podem-se observar pegadas bem preservadas (fossilizadas) de várias espécies de dinossauros, que variam em tamanhos e, segundo estudos, devem ter aproximadamente 100 milhões de anos.

No parque há um pequeno museu com informações e a contratação do guia é bastante útil para se ter informações mais claras sobre a história do parque. O valor a ser pago ao guia fica a critério de cada visitante.

As pegadas mais famosas, que são cartões postais paraibanos, estão dentro do parque, e podem ser facilmente avistadas através de trilhas e passarelas construidas especificamente para proteção e preservação das mesmas.

Há também outras pegadas na região, localizadas em propriedades particulares e de acesso mais complicado.

Vale também, durante a visita, comprar um exemplar do livreto A História do Vale dos Dinossauros, diretamente das mãos de seu escritor, o simpático Sr. Robson Marques Araujo, que durante anos tenta manter o funcionamento e a preservação do parque. O livreto, escrito em versos, é vendido por R$ 10 e sua atual edição é escrita em português e inglês.

Há ainda, junto ao museu, uma lojinha, bastante desorganizada e pouco atrativa, com preços salgados. Mas serve aos que gostam de souvenir.

Fora o parque, a cidade carece de outros atrativos, apesar da simpatia do povo local.

Há uma estátua de Frei Damião, que serve como mirante e fica relativamente próxima ao parque. Dá para fazer logo estes 2 passeios e tirar fotos.

A melhor maneira de se chegar em ambos lugares é, novamente, de carro ou moto-táxis, que não faltam pela cidade e cobram barato pelas corridas.

Depois o melhor é esconder-se do sol inclemente que castiga a região, de preferência em um quarto de hotel com ar-condicionado.

Voltinhas pela cidade? Prefira as saídas noturnas, quando o calor continua infernal, mas sem a crueldade do sol. E beba muito líquido para hidratar o corpo.

Minha dica de hospedagem é o Ribeirão Hotel, considerado o melhor da cidade, e localizado na área central. Diárias giram em torno de R$ 60. Quartos confortáveis, com ar-condicionado, banheiro privativo, bom atendimento e café da manhã incluso. Telefone: (83) 3521-1829.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Sapé - Paraíba



Sapé é uma pequena e simpática cidade, no estado da Paraíba e dista cerca de 50 km da capital João Pessoa.É conhecida como a cidade do abacaxi, por ser uma grande produtora desta fruta.

Mas o que me levou a conhecer o município foi meu interesse por seu filho mais ilustre, o poeta Augusto dos Anjos, que foi considerado o paraibano do século, pela rede de televisão estadual "TV Cabo Branco".

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, nasceu no Engenho Pau D´Arco, que faz parte do município de Sapé. Diz-se que escreveu os primeiros versos aos 7 anos de idade. Faleceu aos 30 anos de pneumonia e publicou um único livro de poesias em vida, chamado Eu, além de poemas em jornais. Após sua morte toda a sua obra foi compilada em uma edição chamada Eu e outras poesias. Por sua obra , pode ser considerado como pré-moderno. E é fato indiscutível a inovação em sua escrita brilhante.

Na cidade, além do nome de Augusto dos Anjos ser onipresente, há também o Memorial de Augusto dos Anjos, que foi inteligentemente instalado na antiga Casa da ama de leite dele, Guilhermina.

Fui visitar o Memorial e fui muito bem recepcionado, apesar de achar os arredores mal conservados. Vale lembrar que o atendimento ao público acontece apenas pelo período da manhã, durante a semana. Todos na cidade sabem onde fica o Memorial e por estar um pouco afastado do centro da cidade as melhores formas de chegar até lá são com carro ou moto-taxistas, que abundam pela cidade e cobram barato para guiar os visitantes.

Aos interessados, deixo-lhes o site oficial do Memorial, onde é possível encontrar maiores informações:
http://www.memorialaugustodosanjos.com/

Caso decida-se pernoitar na simpática cidade, deixo-lhes também uma boa dica de hospedagem:

- Hotel Central
Telefone: (83) 3283.5891

Como o próprio nome indica, fica localizado no coração da cidade, perto de tudo. Atendimento excelente, desde a sorridente proprietária Cezária até o pessoal da limpeza. Preços justos (R$ 30 por quarto com ar-condicionado e banheiro privativo).

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Morre Zilda Arns

A médica sanitarista Zilda Arns Neumann, fundadora da Pastoral da Criança, está entre as vítimas fatais do devastador terremoto que atingiu o Haiti na última terça-feira (12/01).

Irmã do cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, Zilda estava no Haiti como parte de uma série de visitas a países da região e teria morrido após escombros caírem sobre ela enquanto caminhava na rua.

Nascida em Forquilhinha (SC), Zilda tinha 75 anos e morava em Curitiba (PR). Ela deixa cinco filhos e dez netos.

É uma grande perda para o Brasil e o mundo!