Bullying

Nos últimos tempos tenho visto na mídia um bombardeio de notícias sobre bullying.

Não sabe do que se trata? Pois bem, são aquelas medonhas zombarias e perseguições que existem nas escolas ou nos locais de trabalho há anos.

Geralmente as vítimas de bullying destoam da maioria, seja de modo comportamental ou por algum detalhe físico. Então o que se segue são brincadeiras de mal gosto, agressões verbais e físicas, humilhações e tortura psíquica.

O termo bullying vem da palavra inglesa bully, que significa brigão, tirano, valentão.

Mas ganhou a conotação atualmente empregada de agressão física, verbal ou psicológica que um indivíduo exerce sobre o outro.

Na verdade é um nome novo para um problema antigo que foi sumariamente ignorado durante décadas.

O bullying reflete uma profunda crise de valores e total desrespeito ao que é diferente.

E vale lembrar que muitos dos valores pregados no lar refletem-se automaticamente na criação dos filhos e nas atitudes e posturas que eles adotam nas ruas. Família intolerante geralmente gera filhos intolerantes.

Eu mesmo fui vítima de bullying na escola por causa de minha sexualidade. Sofri em silêncio. Fui humilhado e agredido em várias ocasiões. Fui vítima das maiores atrocidades e não tinha à quem recorrer. Houve épocas em que não era nem sequer possível sair da sala de aula na hora do intervalo ou ir ao banheiro por conta das zombarias e das brincadeiras de mal gosto que me eram aplicadas.

Desisti de concluir o Segundo Grau (atual Ensino Médio) por causa da pressão, e tive que concluí-lo através de Supletivo (atual EJA).

Um conselho aos pais é que mantenham-se atentos ao comportamento de seus filhos no dia-a-dia, para que não sejam opressores nem oprimidos por bullying.

Não desejo que outros passem pelas mesmas experiências desagradáveis que já vivenciei.