segunda-feira, dezembro 29, 2008

20 anos sem Chico Mendes...



Há exatamente 20 anos atrás, em 22 de dezembro de 1988, era assassinado em Xapuri, interior do Acre, o seringueiro Chico Mendes, aos 44 anos de idade e uma bela batalha pela preservação da Amazônia. Ironicamente sua luta como ativista ambiental foi o que motivou sua morte, pela qual foram culpados fazendeiros locais.

A história de vida de Chico Mendes foi, no mínimo, incomum e verdadeiramente interessante. Iniciou o aprendizado de seringueiro na floresta durante a infância, junto ao pai. Foi alfabetizado somente aos 20 anos de idade. E começou a militância como líder sindical local. Participou ativamente na luta dos seringueiros contra o desmatamento desenfreado da selva amazônica ao organizar manifestações pacíficas em que os seringueiros protegiam as árvores com seus próprios corpos. Exigia ações das autoridades competentes em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos. Essas ações o levaram à vida política e então começaram os problemas e as ameças de mortes porque sua luta colidia com os interesses dos grandes latifundiários. Por sua atuação ecológica ativa ganhou reputação nacional e internacional. Postulava a exploração equilibrada e sustentável das florestas, assim como direitos dos povos indígenas e dos pequenos extrativistas que tiram seu sustento das matas.

Chico Mendes despertou pela primeira vez a atenção para os problemas dos seringueiros e habitantes da Amazônia, e fez surgir um esboço do que hoje é o ativismo de gruspos ecologistas organizados e articulados. Tornou-se também representante dos moradores da floresta, a maioria dos quais totalmente desassistidos pelo poder público.

Uma luta digna e necessária, fundamental para o equilíbrio do planeta e seus futuros habitantes.

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