quarta-feira, setembro 05, 2007

Douglas...





Certo dia lí uma frase que se encaixa perfeitamente aqui e que me serve como introdução para falar sobre meu amigo Douglas. Não me lembro o autor nem onde a lí. Também não sei ao certo se ela é exatamente assim como a transcrevo, mas o que vale é a essência:

"AMIGOS SÃO PARENTES QUE SE ESCOLHE"

Eu e o Douglas nos conhecemos em 1995, na época em que fui morar em Jacarezinho, norte do Paraná. Ele era DJ e figura bastante conhecida por lá. Eu era clubber, recém chegado de São Paulo, e igualmente bastante conhecido por causa do meu visual um tanto incomum para os padrões mais tradicionais. Uma mistura que só poderia dar certo: o DJ e o clubber!
O laço de nossa amizade só cresceu com o tempo, mesmo após meu retorno à São Paulo.

Porém nossos destinos se cruzariam novamente em Curitiba, em 1997. Fui estudar na UFPR e o Doug foi morar com sua tia na linda capital paranaense.

Em Curitiba vivemos momentos incríveis. Foi um mar de descobertas para ele, piá simples vindo do interior. E muita diversão para ambos. Desde então viramos uma dupla dinâmica e aprontamos muito não só em Curitiba, mas também pelo Nordeste (Aracajú e Salvador) e em São Paulo capital. São muitas histórias malucas que sempre nos rendem boas gargalhadas cada vez que nos reencontramos.

Juntos nós rimos e choramos, brigamos e nos reconciliamos. Vivemos momentos de fartura e de miséria, de loucura e lucidez, de festa e de dores mil causadas por situações e pessoas malditas que cruzaram nossos caminhos. O céu e o inferno! E justamente durante as tribulações nossa amizade se solidificou. A vida me deu um irmão! De alma, do coração!

É quase impossível não gostar ou não se relacionar bem com o Douglas. Ele é uma dessas poucas pessoas que enobrecem a raça humana, algo raro hoje em dia. Ele é divertido, solícito, batalhador, diplomático, educado, justo, meigo, carismático. De qualidades mil. Sempre têm palavras de conforto e ânimo, está sempre pronto para o que der e vier.

Meus pais o adotaram afetivamente. Ele é membro da família, querido por todos. E está sempre incluido em todos os nossos planos.

O curso dinâmico da vida se encarregou de nos separar novamente. Ele continua radicado em Sampa enquanto eu perambulo por aí, em meu eterno nomadismo. Mas nossa telepatia continua ativada e as distâncias geográficas não conseguem nos desconectar jamais, para minha imensa alegria.

Tudo bem que ele NUNCA tenha respondido a nenhuma das infinitas cartas que lhe escrevi. Mas compensou ao gastar grandes quantias de dinheiro em ligações (a Embratel agradece pelos muitos DDDs e DDIs, viu?). Essas são características tipicamente nossas mesmo: me expresso melhor ao escrever, já ele ao falar! Somos assim, diferentes e complementares. E por isso mesmo nos mantemos em afinada sintonia.

Tenho consciência plena de todas as vezes em que lhe falhei como amigo. E nem por isso perdi sua amizade - dada sua tamanha grandeza espiritual e capacidade de perdoar meus lamentáveis defeitos! Sei que não é nada fácil conviver com uma pessoa rabujenta, geniosa, impulsiva, de humor inconstante e manias irritantes como eu. Acho que só mesmo o Doug para me tolerar!

Aproveito esse "depoimento" para pedir-lhe perdão por todas as minhas falhas, erros, omissões e distrações com relação a nossa amizade. E também para reafirmar o que todos aqueles que me conhecem já sabem: Douglas, você é meu melhor amigo, confidente, companheiro e irmão! Você mora em meu coração. Você me conhece melhor do que ninguém. E me aceita e me respeita exatamente como sou. Por isso te amo e valorizo muito nossa amizade.

Sei que esse carinho é mútuo, e só por sabê-lo já me basta, já me alegra muito o coração.

Onde quer que eu esteja, torço por ti e te envio as melhores vibrações sempre.

Sucesso e paz, irmão!

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