Nos últimos dias a mídia só faz uma coisa: bombardear nossas mentes com detalhes sórdidos/macabros/inúteis sobre a misteriosa morte da menina Isabella Nardoni.
É óbvio que apesar de não ter acompanhado o acontecimento detalhadamente por falta de tempo e excesso de trabalho, chocou-me a frieza e crueldade do crime.
E a despeito de tratar-se de um verdadeiro ato bárbaro, que deve ser meticulosamente investigado para posterior punição rigorosa do(s) culpado(s) e conivente(s), creio que a mídia brasileira de um modo geral está a fazer um trabalho infame e vulgar sobre o caso.
Percebam, pois, que o assassinato me consternou sim.
Mas só decidi escrever para fazer uma crítica sobre o papel de imprensa.
Parece-me um tremendo Carnaval, um dramalhão mexicano, um sensacionalismo ímpar do modo como tem sido até então.
As informações veiculadas são desencontradas e em muitos casos, meras especulações ou suposições vazias que já começam a ecoar de forma irracional junto a população passional que clama por justiça a qualquer preço.
Onde está a ética jornalistica? Onde está o respeito ao luto da família? Onde está a racionalidade do povo que não filtra o que chega-lhes através da imprensa?
Uma série de perguntas que ficam no ar! Dúvidas que verdadeiramente perturbam meus pensamentos.
Respeitem, pois, a dor da família.
Respeitem a alma da criança falecida.
Respeitem nossos ouvidos que não são pinicos!
Respeitem o trabalho da polícia.
Isso é pedir demais?
Crédito da foto: Site Folhaonline
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